Mulheres na liderança: mentoria de qualidade é um presente precioso

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Mulheres na liderança: mentoria de qualidade é um presente precioso

Mulheres na liderança: mentoria de qualidade é um presente precioso

Acredito que o primeiro pressuposto para alcançarmos nossos sonhos, é desejar alcançar este sonho com a convicção de que podemos chegar lá.

Ora, a subjetividade é o motor da nossa motivação, que por sua vez, impacta nossa determinação para traçar metas e desenhar estratégias para alcançá-las.

Nossa subjetividade, apesar de ser única, sofre influência de vários aspectos da coletividade.

Um dos grandes desafios na mentoria de mulheres é a necessidade de conhecer profundamente como a estrutura de uma sociedade machista impacta a construção desta subjetividade.

Precisamos entender que nossas aspirações ainda são construídas a partir de uma educação machista e binária. As informações comunicadas por esta educação orientam as mulheres, coletivamente, para sonhar com uma realização pessoal e profissional a partir de papéis na esfera doméstica. Diferente dos homens, que são orientados para sonhar com trabalhos bem remunerados e posições de alta responsabilidade.

Quando nós mulheres, escapamos do caminho que nos é predeterminado, e sonhamos com uma carreira, por exemplo, no mundo corporativo ou político, é vital ressignificar as crenças desta estrutura machista. Sem entender a maneira como esta educação limita nosso modo de sonhar e traçar caminhos para atingir nossos objetivos, infelizmente, temos que nos esforçar muito mais para chegar no mesmo lugar que os nossos colegas homens. E, isto, quando conseguimos chegar!

O estudo da B3, Mulheres na Alta Liderança, apurou em 2022 que, de todas as instituições do Ibovespa, ainda ocupamos menos de 4% das posições de CEO ou presidentes de Conselho de Administração.

Quando nos envolvemos com mentoria para o desenvolvimento de outras mulheres, com o objetivo de contribuir com a carreira delas, é essencial ter conhecimento destes aspectos coletivos que impactam a formação da nossa subjetividade.

A ressignificação é imprescindível para substituirmos por oportunidades as crenças que nos limitam. E, assim, criarmos espaço para desenvolver uma motivação emocional estruturada que nos permite sonhar, com plena convicção, com o alcance de uma carreira em posições de liderança.

Contribuir com a ressignificação das estruturas do sistema social do machismo requer conhecimento e experiência. É esta jornada da mentora que favorece o acompanhamento de outra mulher no aprendizado desta trilha na qual sonhamos e acreditamos que posições de liderança são cargos que também nos pertencem.

Mulheres na liderança: mentoria de qualidade é um presente precioso

Um trabalho com mentoria para mulheres, cujo objetivo é construir uma carreira de líder bem-sucedida, carece de uma proposta que vai muito além de uma contribuição sobre o desenvolvimento das competências e inteligência emocional necessárias para exercer plenamente a responsabilidade de uma líder.

Precisamos ter muito conhecimento sobre os mecanismos da educação binária machista, e experiência em cargos de alta liderança, para entender como estes aspectos desafiam as mulheres na estrutura organizacional.

Para uma mulher sentir que pode realmente ir muito além da programação do condicionamento cultural, o acompanhamento em mentoria requer uma mentora que possa caminhar ao seu lado, e provocar a ressignificação profunda desta construção social que influenciou coletivamente a subjetividade dela (tabela abaixo):

Cultura Valores, tradições e costumes de um grupo social
Família Crenças e comportamentos aprendidos no ambiente familiar
Experiências pessoais Vivências e memórias que moldam a percepção individual
Educação Processo de aprendizado e desenvolvimento intelectual, que inclui as mensagens subliminares, por exemplo, dos livros escolares e das crenças das pessoas em cargo desta educação.
Contexto social Ambiente e circunstâncias em que a pessoa está inserida, e isto inclui, por exemplo, as mídias sociais, como as mensagens subliminares dos filmes.

Meus 25 anos de experiência como executiva no Groupe Renault France associados aos meus estudos, tanto no mestrado, como especializações na INSEAD (Business School) entre outras, me deram a possibilidade de associar facilmente os fenômenos dos Desafios Sistêmicos corporativos às crenças limitantes que precisamos ressignificar. Também pude identificar novos modelos de funcionamento que estão totalmente ligados aos impactos do machismo na construção da subjetividade das mulheres. Estes impactos desfavorecem os grandes sonhos, aqueles que nos levam a desenhar uma carreira de sucesso em cargos de gestão e alta liderança.

Esta minha experiência bem-sucedida em cargos de alta liderança, associada ao meu profundo conhecimento das questões sobre a hierarquização das relações de gênero, fazem do meu processo de mentoria uma real oportunidade de desenvolvimento nos quesitos necessários para deslanchar a carreira com leveza, trazendo mais realização profissional.

Um dos modelos de funcionamento que identifiquei, é o da Loba Solitária (1). Pude verificar, que as mulheres carregam para o mundo corporativo comportamentos da função de cuidadora eficiente e eficaz da vida familiar. Estes comportamentos, que nós mulheres acreditamos serem altamente colaborativos, prejudicam muito o desenvolvimento da nossa carreira no mundo organizacional. Crescemos ignorando a importância das alianças, o valor da responsabilização no lugar da utilização do controle, e a necessidade de sair do círculo vicioso de se culpar por tudo que dá errado.

Aquilo que nos é cobrado no papel da esfera doméstica, pois é o papel que se espera de nós – o dar conta de tudo, perturba a construção da nossa imagem nas organizações, e consequentemente nossa visibilidade como potencial para alcançar cargos de alta liderança.

A atitude de Loba Solitária nos leva a adotar comportamentos que também podem prejudicar a percepção que nossos pares têm de nós, levando-os a exercer uma influência negativa junto às pessoas com poder de decisão, o que pode sabotar nossa candidatura com respeito a este tipo de cargo.

Estes cargos exigem competências para compor alianças e evitar a exposição de colegas.

Outro modelo que identifiquei, a Crença da Cinderela Corporativa (2), só foi possível pela percepção que tive em função da minha experiência profissional: existe uma atitude diferente entre homens e mulheres no planejamento da carreira. Na realidade, eu fiz uma extrapolação para a vida profissional do fenômeno identificado por Collete Dowling, uma psicóloga norte-americana, o que ela chama de Complexo da Cinderela e age na vida pessoal das mulheres.

Você é mulher e quer investir na sua carreira? É uma pessoa da área de recursos humanos com responsabilidade pelo desenvolvimento das mulheres com alto potencial? É líder, e quer desenvolver as mulheres da sua equipe?

Que tal conhecer mais sobre minha mentoria que aborda a evolução de forma sistêmica, com muita experiência e conhecimento?

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Vem conversar comigo e conhecer mais sobre uma mentoria que associa conhecimento ao autoconhecimento. Vamos despertar escolhas e criar espaço para ressignificações que libertam e colocam luzes nas oportunidades. Vamos contribuir com a plena realização das mulheres, tanto no âmbito profissional, como pessoal

Um detalhe importante, esta mentoria pode ser realizada em processo individual ou coletivo.

Fico à sua disposição para conversar mais detalhadamente.

Abraços e até semana que vem!

  1. MEINHARD, V.R. Vamos voar juntas?. São Paulo: Álbum de Memórias, 2023. p.192 – 198.
  2. MEINHARD, V.R. Vamos voar juntas?. São Paulo: Álbum de Memórias, 2023. p.143 – 165.

Sobre Vera Regina Meinhard

Sou Vera Regina Meinhard, amo conectar pessoas para promover a consciência sobre a importância da inclusão da diversidade no alcance do sucesso sustentável, em especial a igualdade de gênero. Mestra em Sustentabilidade & Governança, sou criativa, inovadora, realizadora de sonhos e mãe da Saskia.

Meu propósito é contribuir com o desenvolvimento das pessoas. Após 25 anos como executiva do Groupe Renault France, desde 2013, por meio de diferentes abordagens, coloco-me integralmente à disposição deste propósito atuando na sociedade como escritora e empreendedora para trazer soluções em desenvolvimento humano: Consultoria em Gestão de Cultura Organizacional voltada para ESG e Inclusão da Diversidade, Facilitação de workshops, Mentoria Individual e Coletiva, Palestras, Treinamentos e Coaching.

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